Em reunião com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o governador Eduardo Leite (PSD) apresentou os impactos para o Rio Grande do Sul com o tarifaço aplicado pelo governo de Donald Trump e que está em vigor desde quarta-feira. O relatório foi elaborado pelo Comitê de Crise da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).
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Conforme o documento, o Rio Grande do Sul é o segundo Estado brasileiro mais afetado com as tarifas adicionais, impactando sobre 85,7% das exportações gaúchas para os EUA, o que equivalente a cerca de US$ 1,6 bilhão em vendas ao ano.
– É fundamental que o Brasil atue com pragmatismo nesta negociação. Precisamos deixar de lado discursos que só criam atritos e focar em resultados concretos, que protejam nossa indústria, os empregos e a competitividade do país no cenário internacional – afirmou o governador.
Leite apresentou, ainda, a Alckmin, que lidera as negociações sobre o tarifaço com o governo americano, alternativas para amenizar os impactos no Estado com base nas medidas elaboradas pela Fiergs. A entidade estima que os impactos podem resultar em até 22 mil postos de trabalho fechados entre os 143 mil empregados nas indústrias mais atingidas pela taxação.
O governador solicitou ao vice medidas semelhantes às adotadas durante a pandemia e as enchentes.
Setores mais prejudicados
- Produtos de metal – 45,8% das exportações para os EUA
- Máquinas e materiais elétricos – 42,5%
- Madeira – 30,1%
- Couro e calçados – 19,4%
- Tabaco – 8,9%
Medidas para amenizar impactos
- Ampliação do Reintegra (programa de incentivo às exportações)
- Reativação do Programa Seguro-Emprego
- Criação de linhas emergenciais de crédito via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
- Prorrogação de regimes fiscais especiais